Performances Soberanas e Inspiradas dos Solistas, em Diálogo Equilibrado com a Orquestra
No programa seguiram-se dois concertos a solo, em que a orquestra não é apenas um seco acompanhamento dos solistas mas tem um grande papel sinfónico. E isso confirmou-se na excelente implementação e cooperação mútua. O Concerto para Violino e Orquestra em Fá Maior, Op. 20 do compositor francês Édouard Lalo (1823), interpretado pelo conceituado artista português Carlos Damas. Damas encantou com a cuidadosa e subtil sonoridade do seu precioso violino Giovanni Battista Gabrielli de 1763, mas também com a sua técnica precisa e dinâmicas refinadas a que a orquestra se adaptou perfeitamente, conseguindo um diálogo altamente equilibrado, com o violino predominantemente virtuoso com uma forte expressividade, sonoridades entrelaçadas e escuras.